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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TMNT - Tournament Fighters e como se fazer um jogo baseado em outra mídia com alta qualidade.




Ontem depois de jogar um pouco Jet Set Radio fui aproveitar para guardar os jogos, e comecei a olhar a pequena coleção de cartuchos do NES e entre eles estava Teenage Mutante Ninja Turtles: Tournamente Fighters, coloquei o cartucho no videogame e a viagem ao passado começou, acabei lembrando das outras duas versões que levam o mesmo nome, uma para Mega Drive e outra para SNES, apesar de ter o mesmo nome, elas  pouco tem em comum a não ser o fato de serem excelentes games de luta, jogos feitos pela Konami nos seus tempos mais inspirados, onde ela tirava o máximo de suas equipes criativas e colocava jogos de franquias famosas como Batman, Tartarugas Ninjas, Os Valentes Cowboys de Moomesa (juro que vou falar de todos esses um dia) no top 10 de qualquer garoto que frequentava locadoras de games.
Mas o papo aqui é sobre esses 3 jogos fantásticos.

Entendendo um pouco o cenario dos games de luta da epoca.
Street Fighter II - SNES
Na década de 90, os jogos de luta simplesmente eram os que ditavam a industria de games, Street Fighter II do arcade começou uma verdadeira febre tanto no Japão quanto no resto do mundo, então rapidamente foi planejada uma conversão para o até então debutante mas muito popular no mundo todo o SNES, e assim toda a industria seguia esse passo, lançava o game em arcade e dependendo da popularidade ele saia pra consoles e até portáteis, mas esses jogos em sua maioria eram conversões, ou seja ou chegavam no mesmo nivel do arcade ou pouco inferior, mas nunca muito diferente de suas origens.
Algumas empresas resolveram fazer um caminho diferente e se deram muito bem, a Bandai por exemplo fez algumas versões de DBZ de luta para vários consoles mas nenhuma delas seguiu os horrorosos jogos do arcade (ainda bem) e a Konami que ja tinha feito conversões de seus Beat´n ´Up das Tartarugas para varios consoles, dessa vez resolveu partir para os fighting games diretamente nos consoles, mas pasmem as 3 versões eram totalmente diferentes, com roteiros diferentes, gráficos diferentes e personagens diferentes (claro que as 4 tartarugas aparecem nas 3 versões), nada de conversões, e sim versões de um mesmo titulo lançados quase que simultaneamente.


Versão Mega Drive - Dezembro de 1993.
                                             Box Americana                     Box Japonesa

Jogabilidade:
Shoryuken!
O Mega Drive ganhou a versão mais sombria do jogo, com jogabilidade simples, mas que pode ser comparada a Samurai Shodown (versão Mega Drive) mas com uma diferença muito bacana, a jogabilidade foi pensada para quem tinha controle de 3 botões ou seja, nada de 3 socos e 3 chutes como SFII, aqui era somente golpe fraco - golpe forte - insulto (taunt), o que fazia toda diferença, ja que quem jogava SFII com controle de 3 botões tinha que ficar apertando Start para mudar entre socos e chutes.



Enredo:
Mestre Splinter é sequestrado por clones das Tartarugas Ninjas, agora cabe a elas reunir alguns guerreiros, e sair distribuindo pancadas na galaxia até encontrar chefe Karai (belo nome), destaque para April O´Niel como personagem jogável, logo ela que é sempre sequestrada, nesse jogo ela é lutadora, e a falta do Destruidor.










Versão Super Nintendo Entertainment System (SNES) - Dezembro de 1993.


                       
                              Boxart Japonesa
Boxart Americana




Considerados por muitos a melhor das 3 versões, esse jogo estava a frente do seu tempo, varios modos de jogo, barra de especiais, combos alucinantes e um dos melhores graficos que um jogo de luta até então tinha mostrado nos consoles caseiros.


Jogabilidade:
Leonardo gritando algo impronunsiavel
durante sua magia.
Enquanto Super Street Fighter II não chegava ao SNES, TMNT-TF ja mostrava o quanto um jogo poderia ser competitivo, as inovadoras barras especiais que enchem quando você bate no inimigo, da um efeito moderno ao jogo, essa barra não foi criada nesse game mas foi a primeira vez que a maioria das pessoas tiveram contato com ela, ja que os jogos da SNK não eram tão populares por essas bandas.
O controle segue o padrão SNK  ou seja 2 botões de socos e 2 botões de chute, mas nem tudo são flores, a barra de super demora para encher o que frustrava e muito quem queria ver os incríveis golpes especiais, mas na maioria das vezes o adversário é nocauteado antes da barra encher.
Mas no geral, a jogabilidade é sem duvida alguma o ponto alto desse jogo.

Enredo:
Karai é filha do Destruidor!
Esse jogo também conta uma história de sequestro (e qual episódio das tartarugas dos anos 80 não conta) agora Karai (ela de novo) resolveu sequestrar a April O´Niel e o Mestre Splinter mas dessa vez nada de usar clones nem nada do tipo, agora as tartarugas saem por todo os Estados Unidos, nada de viagens galáticas  atras de Karai, esse jogo conta com Destruidor Ciborgue ( O verdadeiro morreu no manga e nos filmes) no elenco, e tem uma identidade muito japa, com personagens gritando o nome dos golpes assim como os jogos de luta da Capcom. Esse jogo conta com o modo Tournament que na verdade é o modo Arcade, ou seja sem história só pancadaria













Versão Nintendo Entertainment System (NES) - Fevereiro de 1994
Boxart Americana 


Talvez a versão que eu tenha jogado mais, esse jogo pra mim é um marco do Nintendo 8 Bits, pois todos os jogos de luta que existiam pra essa plataforma eram formas cruéis de pirataria ou jogos pra la de chatos, ja Tournament Fighters era um jogo oficial e com toda a qualidade que um usuário de NES esperaria da Konami,  claro que aqui  não estou de forma nenhuma comparando uma versão com a outra, nem tem como, mas sim dizendo como elas são para suas plataforma distintas.
Graficamente bem satisfatório e com um clima mais parecido com dos quadrinhos do que da série de tv, a versão NES se mostra bem divertida e charmosa, contando com personagens mais conhecidos como Casey Jones e Destruidor.


Jogabilidade:
Enquanto as duas outras versões contam com uma jogabilidade mais trabalhada a versão NES precisou ser adaptada ao gráfico, e ai é que a coisa toda muda, nesse jogo as tartarugas não tem armas, e apesar de usar comandos universais como hadouken e sonic boom para magias, elas não saem tão facilmente quanto deveriam, fazendo com que o jogo se torne um grande bate bate sem muita estratégia, isso poderia acabar com o game mas na verdade só o torna mais divertido, aqui também vemos uma especie de encarnação da barra especial, na verdade é um item, uma bolinha que sai de um display voador com a cara do Mestre Splinter, que consegue pegar essa bolinha pode dispara la no adversário tirando grande parte da barra de life, o que faz com que as lutas girem em torno de pegar ou não deixar pegar a  tal bolinha, nem preciso dizer que o controle é super simples, 1 soco e 1 chute.


Enredo:
Nada de sequestro, agora quem da as cartas é o próprio Destruidor, ele desafia as Tartarugas para um torneio de luta, mas para chegar ao seu maior inimigo elas primeiro vão ter que lutar entre si e contra alguns de seus amigos e inimigos.
Duas curiosidades sobre esse jogo, a primeira é que não ha nenhuma personagem feminina, a segunda é que apesar de ter sido feito pela Konami, esse jogo não foi lançado no Japão.





Galeria de Videos

Mega Drive


SNES


NES


Bom como deu pra notar os jogos são bem diferentes entre si, mas todos eles bem divertidos, próximo post quero trazer algo novo, quem sabe uma matéria sobre algum jogo de luta mais atual.
Até a próxima fase!

Um comentário:

Davi Jr. - Next Conqueror disse...

Não conhecia esse jogo dos TMNT! Cara! Que sensacional!

Acho incrível como SF influencia os games até hoje, mas até TMNT?

LOL! SF continua a me surpreender ^^